QUADRANTE projeta modernização da linha do oeste em consórcio

O Grupo Quadrante integra o consórcio responsável pelo projecto de modernização da Linha do Oeste, entre Meleças e as Caldas da Rainha, que envolve um investimento total de 107 milhões de euros.

Em comunicado de imprensa, a consultora portuguesa de engenharia destaca que, com uma extensão total de 87 quilómetros, esta será “uma das mais longas intervenções ferroviárias efectuadas nos últimos anos em Portugal”. O projecto consiste na electrificação da linha até às Caldas da Rainha, nos 87 quilómetros, e a duplicação da mesma, em vários trechos, numa extensão total de cerca de 15 quilómetros.

A Quadrante explica ainda que o troço será melhorado em diversos locais, “permitindo que se atinja uma velocidade de 140 quilómetros por hora, compatível com um nível de serviço adequado às exigências actuais do utente”. De acordo com o grupo, este projecto tornará possível “viajar entre Lisboa e Torres Vedras em menos de 50 minutos” ou gerar “ganhos significativos nos tempos de percurso entre Lisboa e as principais cidades e vilas desta região”.

O grupo sublinha ainda que, em toda a extensão, “serão suprimidas diversas passagens de nível actualmente existentes e serão efectuadas 15 novas passagens desniveladas, com o intuito de reforçar o nível de serviço e de segurança da via”.

Neste projecto, a Quadrante será responsável pelo projecto de reabilitação de quatro túneis – que totalizam cerca de 700 metros de comprimento –, pelo projecto das passagens desniveladas, incluindo as respectivas vias de acesso, pontes ferroviárias e passagens hidráulicas, estruturas de contenção, drenagem, estudos hidrológicos e vedações.

A fase de estúdio prévio terminou em Maio passado, dentro do prazo previsto, e contou com o envolvimento de 25 técnicos na sua fase final. Neste momento, está a iniciar-se a fase de projecto de execução.

O administrador e responsável pela área de Transportes da Quadrante sublinhou o “papel histórico que a Linha do Oeste tem no transporte em Portugal”, pelo que considera que a reabilitação desta linha “é uma intervenção há muito desejada pelas populações locais”. “Para a Quadrante, é extremamente importante estar ligada a este tipo de projectos, que são estruturantes para o país e que envolvem, transversalmente, as várias competências de engenharia do grupo”, concluiu Tiago Costa.

Fonte: Jornal Construir